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domingo, 22 de junho de 2014

O tempo à prova do homem

Em direção ao mundo novo.


Conseguiremos decifrar os enigmas desta grandeza!


Tão próximo do futuro, humanos se conscientizam do valor deste planeta chamado Terra, único.


Já temos conhecimento de água e nêutrons em outros planetas pesquisados pelas organizações competentes.


Assim, vimos em ter uma única vida forte e valorizada ao tempo que encontramos a desvendar de cada um.


Aqui na Terra temos os anos. 
No espaço temos os anos-luz.


A contemplação deste planeta chamado Terra é muito grande, desde a água, o ar, a terra fértil.
Todos os animais, peixes, aves, frutos.
Numa só beleza de raciocínio, humanos caminham em direção a conquista de ser feliz.


Orquidário OrquivivA





domingo, 1 de junho de 2014

Aprender do sofrimento

O sofrimento é a grande escola do 
aprendizado humano. 
Contém verdade a frase atribuída a Hegel: 
"o ser humano aprende da história que não aprende nada da história, mas aprende tudo do sofrimento. 
Prefiro a formulação de Santo Agostinho 
em suas Confissões:
"o ser humano aprende do sofrimento, 
mas muito mais do amor".

O amor fati (o amor à realidade crua e nua) 
dos antigos e retomado por Freud se impõe 
nos dias atuais, quando a humanidade 
se vê assolada por uma grave crise de sentido,  subjacente à crise econômico-financeira. 

Devemos reaprender a amar de forma desinteressada e incondicional a Terra, 
todos os seres, especialmente os humanos, 
os que sofrem, respeitá-los em suas diferenças 
e em suas limitações. 
O amor é a força cósmica que 
"move o céu e as estrelas" no dizer de Dante. 
Só quem ama, transforma e cria.



Os grandes se reúnem, estão confusos e não sabem 
exatamente o que fazer.
É que amam mais o dinheiro que a vida. 
Se amor houvesse, aprovariam o que está proposto: uma "Declaração Universal do Bem Comum da Humanidade", 
base para uma "Nova Ordem Global e Multilateral" contemplando toda a 
humanidade, a Terra incluída. 

Mas não. 
Perplexos, preferem repetir fundamentalmente as fórmulas que não deram certo. 
Mesmo assim vejo que se pode tirar algumas lições, úteis para as próximas 
crises que estão se anunciando.

A primeira delas é que os governantes, para além de suas diferenças, podem se unir face a um perigo global da insustentabilidade da Terra e dos efeitos 
perversos do aquecimento global. 

Este trará consigo a iminente crise da água e da insegurança alimentar de milhões 
e milhões de pessoas. 
Tal situação forçará uma união dos povos
 e dos governos, caso queiram sobreviver. 
Se grande será o perigo, maior será a chance de salvação, dizia um poeta alemão, 
mas desde que ocorra esta união. 

A solução virá somente de uma política mundial assentada na cooperação, na solidariedade, na responsabilidade global e no cuidado para com a Terra viva.



A segunda lição é que não podemos mais prolongar o fundamentalismo do mercado, 
o pensamento único que arrogantemente anunciava 
não haver alternativas à ordem vigente, 
como se a história tivesse sido engessada 
a seu favor e destruído o princípio da esperança.

Nem podemos mais confiar na mera razão funcional, desvinculada da razão sensível 
e cordial, base do mundo das excelências 
e dos valores infinitos 
(Milton Santos, nosso grande geógrafo) 
como o amor, a cooperação, o respeito, 
a justiça e outros. 

Desta vez, ou elaboramos uma alternativa, 
vale dizer, um novo paradigma civilizatório, 
com outro modo de produção, 
respeitador dos ritmos da natureza 
e um novo padrão de consumo solidário 
e frugal ou então teremos que aceitar o risco do 
desaparecimento de nossa espécie e de uma 
grave lesão da biosfera.
 A Terra pode continuar sem nós. 
Nós não podemos viver sem ela.

A terceira lição é constatar que a economia, 
feita eixo estruturador de toda a vida social, 
se torna hostil à vida e ao 
desenvolvimento integral dos povos. 
Ela deve ser reconduzida à sua verdadeira natureza, a de garantir a base material 
para a vida e para a sociedade.

Vivemos tempos de grandes decisões 
que representam rupturas 
instauradoras do novo. 
Bem notava Keynes: "a dificuldade não estriba tanto na formulação de novas idéias, 
mas no sacudir as velhas".

 As velhas se desmoralizaram. 
Só nos resta confiar nas novas.
 Nelas está um futuro melhor.


Autor: Leonardo Boff











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