Ela chega discreta, com encanto, beleza, perfumes e um jeito todo peculiar, trazendo o vigor das floradas e uma eclosão de cores.
Dia 23 de setembro marca o início da nova estação, quando dia e noite se equivalem. Daí em diante, o dia vai se alongando, até 21 de dezembro, o mais longo do ano. Encompridar o dia significa elevar a insolação e, com mais raios solares, os vegetais aproveitam a fotossíntese com maior produtividade, transformando a energia do sol em proteínas e açúcares para as plantas. Também as chuvas tornam-se mais frequentes e a temperatura se eleva. Assim, o verde rejuvenesce.
Nesta época, a vegetação cresce rapidamente, floresce e frutifica lá na frente. No campo, é anunciado o plantio de mais uma safra e isso significa alimento e fartura, além de enorme fascínio e otimismo que se instala na alma dos agricultores.
Na cidade, o colorido das flores estimula o plantio e cuidados com as áreas verdes. Em muitos países, principalmente naqueles do hemisfério norte, onde as variações do comprimento do dia são maiores, a primavera é tão contagiante, que ao passar pelas ruas observamos o imenso número de pessoas e famílias que trabalham em seus jardins.
Entre nós, esse hábito tem aumentado e a sensibilização com as questões ambientais tem favorecido a manutenção de áreas verdes maiores.
É um ótimo período para planejar, implantar ou mesmo reestruturar nossos jardins. É hora de plantar! É também hora de plantar solidariedade neste mundo que passa por momentos de intensa transformação. Temos a experiência de várias crises, sendo a raiz de todas elas a crise de valores éticos e espirituais. Momentos de crise exigem uma atitude assertiva, exata, sem titubear ou tropeçar, maximizando e intensificando tudo: recursos, velocidade, empenho.
O momento exige florescimento. É hora de trabalharmos a primavera no ciclo da humanidade.
Fonte: Nancy Thame