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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Lírio sangu-salmão ou Estrela de Natal


 
 


Das flores que perderam o status de “rainha dos jardins” graças aos modismos e à volatilidade do que é chamado de chique, uma das que vez por outra ainda encontra refúgio em algum vaso solidário é o chamado lírio-sangu-salmão (Scadoxus multiflorus), que também ostenta os nomes populares de estrela-de-Natal e coroa-imperial. Uma das prováveis causas do seu ocaso é a sua toxicidade; a flor produz um potente alcaloide que é venenoso, tanto que em alguns rincões da África natal do lírio-sangu-salmão ele é usado como veneno e panaceia para feridas mal curadas.
 
O lírio-sangu-salmão nasce de um bulbo que dá origem a folhas verde-claras e lanceloadas com pequenas ondas nas bordas. No centro das folhas cresce um falso caule de consistência suculenta onde floresce um espetacular conjunto de finos cones que formam a flor um semi-círculo vermelho-alaranjado. O diâmetro pode chegar a 25 centímetros e sua altura, cerca de 90 centímetros.
 
Graças às suas flores leves e lindas, o lírio-sangu salmão presta-se tanto para cultivo em vasos quanto em maciços, renques e bordaduras – se houver muitas crianças e animais domésticos no local, o plantio em quintais e jardins é desaconselhável por sua supracitada toxidez. O lírio-sangu-salmão floresce tradicionalmente entre o final do Verão e o final do Outono e as flores tem boa durabilidade (duas a três semanas em média). O solo precisa ser leve, fofo até, para o perfeito crescimento das raízes, rico em matéria orgânica e de boa drenagem. Gosta muito de água mas não de encharcamento. É uma flor de meia-sombra e de clima ameno, não tolerante a geadas. Multiplica-se por sementes e brotos e o bulbo entra em período de dormência no Inverno.