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terça-feira, 15 de maio de 2012

As antigas samambaias





Muito antes de existirem plantas com flores, há milhões de anos, samambaias gigantes cobriam a Terra de verde e se propagavam por meio de esporos ou pela divisão de seus rizomas. Elas são realmente muito antigas.

As samambaias pertencem ao filo das pteridófitas e são assim chamadas por apresentarem folhas recortadas, que lembram penas ou asas. São plantas desprovidas de flores e sementes. O nome samambaia, de origem tupi, significa o que se torce em espiral, por alusão ao desenvolvimento da folha.

Na maioria dos casos, o caule cresce bem junto a superfície, com desenvolvimento paralelo à mesma, ou se localizando alguns centímetros sob a terra. As folhas parecem emergir diretamente da terra. Nesse caso, chama-se rizoma. Porém, nos xaxins ou samambaiaçus, o caule é aéreo. A maioria das pteridófitas habita as regiões tropicais, mas algumas espécies vivem em regiões temperadas e mesmo semi-desérticas. Essas plantas são encontradas em ambientes sombreados e úmidos, quer atapetando pedras, barrancos, cascas de árvore, quer cobrindo o chão de florestas. Algumas espécies habitam a água doce, podendo viver até totalmente submersas como a samambaia de aquário. Essa exigência de um ambiente úmido se explica por serem plantas, cujos gametas masculinos são transportados por via aquática para fecundar o gameta feminino, dependendo de água para a fecundação.

Geralmente os esporos caem diretamente no chão úmido, onde se desenvolvem. Algumas espécies de samambaias produzem esporos com formações aladasque permitem a disseminação pelo vento.

Precisamos estar atentos para as espécies em extinção, cuja comercialização é proibida quando extraída das matas, como é o caso da samambauaçu.

Algumas vezes, temos a oportunidade de desenvolver projetos de paisagismo onde a ocorrência das samambaias é natural. Nestes casos, devemos explorar sua beleza, preservar o que existe e utilizar plantas que tenham sintonia com o habitat natural.

As samambaias comercializadas devem ser utilizadas em áreas sombreadas, úmidas ou em vasos de barro e recipientes de fibra, oferecendo adornos diferenciados para os jardins.