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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Catasetum

Catasetum Macrocarpum


Catasetum Mary Spencer




Catasetum (Ctsm.) é um gênero com cerca de 150 espécies epífitas, endêmicas das Américas, do México à Argentina, metade das quais, no Brasil.

Diferencia-se da maioria das orquídeas por suas flores serem unissexuadas. Muito raramente hermafroditas. As flores masculinas possuem duas antenas na parte inferior da coluna, que, ao mais leve toque de um inseto, disparam, colando-se neles, que são os agentes polinizadores.

É um gênero com folhas longas e largas, plissadas e caducas (muitas caem antes da floração). A haste floral sai da base alongada e fusiforme do pseudobulbo e pode portar dezenas de flores, algumas perfumadas, outras não.

O Catasetum (Ctsm.) pode cruzar com gêneros afins, como Mormodes (Morm.), Cycnoches (Cyc.), Galeandra (Gal.), Clowesia (Cl.).

Veja o resultado de alguns cruamentos:

Ctsm. x Gal. = Catasandra (Ctda.)
Ctsm. x Cyc. = Catanoches (Ctnchs.)
Ctsm. x Morm. = Catamodes (Ctmds.)
Ctsm. x Cl. = Clowesetum (Clo.)


CULTIVO:

Há quatro elementos essenciais para o cultivo do Catasetum: lu, calor, umidade e ventilação.


LUMINOSIDADE E TEMPERATURA:

Catasetum requer iluminação intensa. Alguns exemplares de Catasetum vivem como epífitas em troncos de palmeiras, recebendo iluminação direta (exceto a insolação do meio-dia de verão, quando recebem sombra das folhas das palmeiras). Mas, quando retirados de seu ambiente natural, não podem ser submetidos à mesma iluminação intensa, pois as condições de umidade e aeração são diferentes. Assim, devem ser protegidos com uma tela de 50% ou de um plástico leitoso. Por ser planta de clima tropical, não tolera o frio. Se, no inverno, a temperatura cair abaixo de 10°C, ela irá se estressar, perderá suas defesas e, em consequência, poderá contrair doenças que a levem à morte.

REGA, UMIDADE E VENTILAÇÃO:

A rega é a parte mais crítica no cultivo do Catasetum. Quando as folhas caem e a planta entra em estado de repouso, deve-se suspender a rega e não deixar no tempo sujeita a chuvas prolongadas, exceto se estuver em tronco de árvore, caso em que a água será drenada rapidamente, o que não ocorre com raíes sufocadas dentro de vasos. A falta de umidade aborta os botões, mas o excesso, com raíes encharcadas, apodrece brotos e botões. Daí a grande importância da ventilação e de se observar o momento e o modo certo de regar. Quando cessa o repouso e se inicia a atividade vegetativa, com emissão de brotos e raíes, é hora de regar e adubar. Mas faça isso na parte da manhã, a fim de que folhas e bulbos fiquem secos no decorrer do dia. Parte aérea molhada é vetor para alastrar doenças. Se tiver que molhar no fim da tarde, molhe apenas o substrato.

PLANTIO E DIVISÃO:

Planta e divida na hora da emissão de brotos e raízes. Não faça divisão com menos de 3 pseudobulbos, sob pena de a muda ficar debilitada. Use potes, cestas ou placas de madeira. Há quem use garrafas pet com furos a 3 dedos, acima da base, com brita no fundo, para que a água ali empoçada na hora da rega dê a umidade necessária sem atingir as raízes. O substrato pode ser casca de pinus, brita pequena, fibra de coco ou musgo, sem apertar, de modo que haja ventilação para as raízes.

ADUBAÇÃO:

A planta deve crecer de maneira equilibrada com nutrientes bem balanceados. A ausência de um nutriente não terá efeito imediato sobre a planta. Em geral, a consequência virá a longo prazo, podendo variar de meses a anos.