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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A descoberta do invisível

 
 
 
 
 
 
 
Baseado na compreensão da natureza, o paisagismo deve ser focado para conservar e criar a maior diversidade possível, o que implica numa paisagem capaz de múltiplos usos. Em resumo, deve ser uma conservação criativa.
 
Muitas vezes, o verdadeiro enfoque do paisagismo parece oculto na concepção do projeto, porém deve sempre refletir a alma e os princípios incutidos em toda uma sociedade.
 
As cidades, suas arquiteturas e jardins, que remontam a uma antiquidade, são produtos da manifestação humana em seus desejos mais profundos, que transcendem certamente as necessidades funcionais de uma dada sociedade, associando a essas manifestações seus traços de cultura e crenças.
 
Num projeto, além do impacto do valor estético, existe um mundo a ser explorado. Daí a necessidade de se verificar ângulos de vista e espaços para contemplação em cada um deles. Não podemos enxergar a paisagem de uma forma míope. Há beleza nas texturas, nas formas, nas cores e nos detalhes.
 
Há uma nova percepção a ser explorada em cada olhar. Notamos nas fotos, aqui expostas, algumas imagens que podem passar despercebidas ao observador menos atento. Temos, por exemplo, o desenvolvimento das folhas da samambaia, que parecem desenrolar vagarosamente; ou o colorido das folhas da begônia, com o verso de um vinho provocante. A observação de um canteiro de flores é imediata. No entatnto, a riqueza de detalhes de cada uma delas é para a observação daqueles que celebram a vida em cada oportunidade.
 
Um jardim é símbolo de oportunidades, aguça todos os nossos sentidos e, além do resgate e do sentimento de continuidade de vida, deve despertar percepções, novas sensibilizações e olhares. Poderá, de fato, vincular o ser humano em seus diferentes espaços, de forma criativa, harmoniosa, aconchegante, inovadora e inesquecível.
 
 
 
Fonte: Nancy Thame.