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quarta-feira, 7 de março de 2012

Exóticas bromélias






Exóticas e donas de uma enorme diversidade de cores e tamanhos, as bromélias definitivamente conquistaram espaço nos projetos de paisagismo, pois garantem beleza e charme, além do toque tropical. São plantas perenes e não exigem muito trato.

A família das Bromeliáceas abriga mais de 3.000 espécies e milhares de híbridos. Com uma única excessão, todas são nativas das Américas. Só no Brasil, existem mais de 1.500 espécies.

Elas não são parasitas, como muitas pessoas pensam. Na natureza, aparecem como epífitas (simplesmente apoiando-se em outro vegetal para obter mais luz e mais ventilação), terrestres ou rupícolas (espécies que crescem sobre as pedras). Compõem uma das mais adaptáveis famílias de plantas do mundo e há bromélias para todos os ambientes: sol direto, meio sol e sombra.

Não é de agora que a planta ganhou destaque no Brasil. Um dos bons exemplos é o abacaxi, uma bromélia que chegou à mesa dos europeus após a segunda viagem de Cristóvão Colombo à América. Mas é na mata que as bromélias são imprescindíveis, para garantir o equilíbrio ecológico. E no desempenho desse papel elas são realmente incríveis. Na Mata Atlântica, em apenas uma árvore, é possível encontrar até quinhentas bromélias, cada qual com enorme quantidade de seres abrigados entre as folhas.

É grande a variedade de plantas que servem de criadouro para pequenos animais, mas poucas conseguem hospedar uma fauna tão abundante e diversificada como as bromélias.

Além de seres aquáticos, em suas folhas podem ser encontrados inesperados habitantes do solo e até do subsolo da floresta. É que, além da água, uma boa quantidade de folhas caídas fica retida pela promélia e todo esse material se decompõe lentamente, transformando-se num húmus muito semelhante ao do solo. Ela serve de residência para aranhas, besouros, centopéias, lesmas e até mesmo minhocas. Do ponto de vista ecológico, as bromélias conseguiram, literalmente, virar a mata de cabeça para baixo!

As bromélias, pelas formas que possuem, tem sido apontadas como um possível criadouro do mosquito Aedes Aegypt, trnsmissor da dengue. Este fato se deve ao copo existente na superfície floral, e que pode reter água.  Na realidade, o mosquito gosta mesmo é de água limpa e parada, em recipientes artificiais, diferente da que fica retida na bromélia, geralmente misturada a outros materiais orgânicos, um vigoroso pool de formas nativas de vida e sujeito à constante substituição biológica de suas águas.


Fonte: Jardim & Cia