Nossa galáxia - a Via Láctea - é muito grande, com seus 100.000 anos-luz de diâmetro. Só para se ter uma idéia, um ano-luz equivale a nada menos que dez trilhões de quilômetros. A maios distância percorrida por algum objeto feito pelo homem foi de 18,19 bilhões de quilômetros, recorde da Voyager I. Ou seja, percorremos somente uma ínfima fração de um ano-luz.
Existem lugares no universo que jamais poderemos chegar. E um desses locais é a galáxia lenticular IC 1101, localizada na constelação de Serpens e no centro do aglomerado galáctico Abell 2029, que abriga outras milhares de galáxias. Ela está localizada à um bilhão de anos-luz de distância da Terra (tente imaginar esse número em quilômetros), e seu tamanho é o que mais impressiona: são 5,5 milhões de anos-luz de diâmetro - a maior galáxia conhecida do universo.
Perto dela, a Via Láctea é um grão de areia. Nossa galáxia abriga cerca de 100 a 200 bilhões de estrelas, e segundo algumas estimativas, a IC 1101 abriga nada menos do que 100 trilhões delas.
Mas essa monstruosa galáxia não nasceu assim. Ela ganhou todo esse tamanho em um processo evolutivo que durou bilhões de anos, através de muitas colisões galácticas ao longo de sua história.
A galáxia está rodeada por uma colossal nuvem de gás muito quente, que chega a emitir fótons de raio-x por causa de sua elevada temperatura. O aglomerado de galáxias que IC 1101 pertence está envolto por uma quantidade extraordinária de matéria escura, equivalente a 100 trilhões de sóis.
Segundo medições de raios-x, a densidade da matéria escura aumenta gradativamente à medida que se aproxima da gigante galáxia central, a IC 1101, e a galáxia é um importante objeto de estudo para se resolver o mistério da matéria escura.
Fonte: www.misteriosdomundo.com