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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Jardins botânicos







Os jardins botânicos diferem de parques comuns em diversos aspectos. Além de oferecerem lazer especializado, mantém um acervo de plantas ordenadas e classificadas, devidamente registradas e documentadas. A interpretação das informaçõesa respeito de cada vegetal pode atingir até formas lúdicas, passando pela análise de sua evolução e utilidade para o homem ou ressaltando sua importância para a vida sobre a Terra.
Pela definição da Resolução Conama nº 339 de 25/09/2003, "Jardim Botânico é toda área protegida e constituída, no seu todo ou em parte, por coleções de plantas vivas cientificamente reconhecidas, organizadas, documentadas e identificadas, com a finalidade de estudo, pesquisa e documentação do patrimônio florístico do País, acessível ao público, no todo ou em parte, servindo à educação, à cultura, ao lazer e à conservação do meio ambiente".
Dependendo dos tipos de espécies que integram, incluem ainda diversas estufas, o que permite o cultivo de espécies provenientes de zonas com características climáticas bastante diferentes do local onde se encontram. Na verdade, foi precisamente por esse motivo que nasceram os primeiros jardins botânicos.
Foi na Itália, em pleno Renascimento, que nasceu o primeiro deles, com as características atuais: o Orto Botânico di Pisa, fundado em 1544  e de portas abertas ainda hoje, no seu máximo esplendor!
No Brasil, os jardins botânicos são mais recentes, mas já chegam a perto de trinta jardins por todo o país. O principal e também o mais antigo é o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, com mais de 6.500 espécies. É a maior biblioteca de botânica brasileira.
Refúgios de uma natureza em crise, os jardins botânicos acolhem trinta por cento da biodiversidade vegetal em todo o mundo, contribuindo para conservar e estudar recursos de grande valor social e econômico, cada vez mais ameaçados. Cumprem função tripla, como refúgios científicos, educativos e de lazer.
Alterações climáticas, mudanças no uso da terra e destruição de habitats são exemplos dos perigos que podem levar à extinção mais de mil espécies animais e vegetais nos próximos 50 anos. Os jardins botânicos são essenciais na conservação de recursos vivos para o desenvolvimento sustentável, considera Ana Cristina Tavares, do departamento de botânica da Universidade de Coimbra, Portugal.
Os mais de 2.500 jardins botânicos existentes em todo o mundo abrigam mais de 100.000 espécies vivas e preservam outras 250.000 espécies em bancos de sementes, destaca Ana Cristina.
Muitas destas espéciessão economicamente importantes e têm um impacto direto na sociedade.
Para quem nunca visitou um jardim botânico, fica a recomendação que experimente, pois está é uma sensação única para a descoberta dos infindáveis encantos do mundo natural. É como visitar um museu natural.