Temos sentido falta da simplicidade e da espontaneidade do verde, e torna-se evidente a busca pela aproximação do homem com a natureza.
É interessante como esta busca se faz de maneira mais natural para àqueles que tem um vínculo mais profundo com a terra. Cobrir o chão do jardim é pensar na proteção do solo, no bem-estar das plantas e no nosso contato direto com a terra.
No projeto paisagístico, quando a tendência quanto ao estilo e ao uso dos espaços encontram-se definidos, passamos a escolher as árvores, depois os arbustos e no final, a forração do solo. Esta escolha deve acontecer de forma integrada e natural, pensando nos agrupamentos que encontramos na natureza.
Sob as árvores dos jardins tropicais, por exemplo, as folhas abundantes são forrações naturais fantásticas, são bonitas e criam condições adequadas para as plantas. Em áreas abertas, a pleno sol, podemos abusar dos relvados e de floríferas.
Nos campos, a cobertura tem a finalidade de proteger o solo contra o impacto das gotas de chuva, diminuindo o risco de erosão e de melhorar as condições físicas, químicas e biológicas.
A vedélia é uma planta muito rústica e apropriada para cobertura de solos em áreas grandes e de sol direto. Ela transmite simplicidade e alegria. É nativa do litoral brasileiro, cuja ramagem rasteira e ramificada apresenta folhas de coloração verde-escuro, que acentuam o contraste com as pequenas inflorescências completamente amarelas e muito numerosas. A floração ocorre durante todo o ano.
A vedélia deve ser cultivada a pleno sol ou a meia sombra, em solo fértil, regada a intervalos regulares. Tolera também a umidade excessiva, alagamentos ou seca.
É uma ótima opção como cobertura do solo, indicada tanto para proteger taludes e barrancos, como para embelezar canteiros, bordaduras, vasos e jardineiras.
Fonte: Nancy Ferruzzi Thame
