A flor de lótus brota com facilidade nas áreas alagadas de toda a Ásia. Também conhecida como lótus-egípcio, lótus-sagrado e lótus-da-índia, é da família das ninfáceas (mesma da vitória-régia).
Sua floração é magnífica e o fato de suas flores brancas, de tamanha beleza, emergirem de águas lodosas para a superfície, sensibiliza e remete à simbologia de elevação e espansão espiritual, até mesmo a associação com Buda.
Nos jardins, é cultivada em vasos imensos em lagos e espelhos d'água, enriquecendo os projetos paisagísticos.
Requer adubação apenas uma vez por ano e precisa de sol pleno durante a maior parte do dia. Sua haste, muito comprida, pode alcançar mais de um metro acima do nível da água.
Na Índia, a imagem da flor de lótus está relacionada à criação do universo. Nas gravuras indianas, os deuses costumam aparecer sentados ou em pé sobre a flor.
Na Yoga, existe a posição de Lótus, quando a pessoa se senta com as pernas cruzadas e entrelaçadas, mantendo a coluna ereta e as mãos pousadas sobre os joelhos.
Muitos monges e budistas em práticas mediativas imaginam flores de lótus surgindo debaixo de seus pés, enquanto andam. Assim estariam espalhando o amor e a compaixão de Buda, simbolizados pela flor.
Enigmática até para a ciência, há algumas curiosidades sobre a planta. Pesquisadores da Universidade de Adelaide na Austrália, por exemplo, estudam uma estranha característica da flor: assim como os seres humanos, ela é capaz de manter sua temperatura em torno de 35 graus. Esse sistema de auto-regulação de calor, compreensível em organismos complexos, como ocorre com os mamíferos, continua inexplicável para a ciência. Por outro lado, cientistas do Instituto Botânico da Universidade de Bonn, na Alemanha, estudam outra curiosidade do lótus: suas folhas são auto-limpantes, isto é, tem a propriedade de repelir microrganismos e poeira.
A verdade é que a espiritualidade deve ser respeitada e, independentemente das crenças e estudos botânicos, esta flor nos encanta e induz à reflexão e à gratidão pela vida.