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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Jardins internos





A prática cada vez mais comum de transformar espaços internos em jardins decorre da procura frenética de soluções para problemas de privacidade, da busca de estética visual ou de simples desejo de poder ter um jardim dentro de casa.
A escolha correta de plantas transforma lugares, muitas vezes sem perspectiva, em jardins convidativos, aconchegantes e charmosos ou mesmo em bonitas composições com vasos, desde que se trabalhe com sensibilidade a geometria da área, levando em conta o tamanho e formato das espécies e elementos decorativos.
Um espaço vazio, não utilizado embaixo da escada, pode se transformar em lugar exuberante. A natureza vai para dentro da casa e propicia ao ambiente uma atmosfera suave.
Os cuidados com espaços internos destinados a jardins merecem atenção redobrada. A impermeabilização e drenagem precisam ser muito bem feitas, para impedir umidade nas paredes. A escolha do substrato deve ser rigorosa e não deve exalar cheiros.
A luminosidade também limita a seleção das plantas, pois o fato do jardim ser interno, não significa que podemos criá-lo sem luz. A aeração também é necessária, pois com baixa aeração aumenta a incidência de pragas e doenças.
A atenção e critérios na escolha das plantas devem oferecer o efeito estético desejado, mas não podem causar transtornos. Por exemplo, o "fícus" que parece um arbusto tão inofensivo é, na verdade, uma árvore de grande porte com raízes extremamente agressivas. Não é raro encontrarmos situações de rachaduras em paredes e entupimento das tubulações. Outra planta com problemas semelhantes é a dracena. Podemos selecionar as plantas menos agressivas ou utilizarmos vasos para o plantio.
Se o objetivo do jardim for impedir a visão de olhares curiosos para dentro de casa, devemos utilizar plantas como a pleomele e areca trianda, caso haja espaço suficiente. Se o objetivo for preencher espaços embaixo de escadas, as plantas devem ser menores. Nos corredores, devemos utilizar plantas mais esguias e verticalizadas e, para preenchimento do segundo plano visual, outras mais baixas.
O uso de pedras e pedriscos faz um grande diferencial, principalmente se levarmos em conta a grande variedade de cores e tamanhos disponíveis no mercado. Forrando o chão ou como foco decorativo, as pedras são de utilização prática e valorizam os jardins internos.
No entanto, não só plantas e pedras preenchem os jardins. Os elementos decorativos sonorizam cada projeto. Além das fontes, bastante procuradas, peças artesanais, esculturas e um grande número de novidades surgem a cada momento, dando-nos a oportunidade de inovar.
O projeto paisagístico deve refletir o gosto do cliente, mas o profissional irá orientá-lo para que se obtenha o resultado pretendido. O sucesso depende de agregar conhecimento técnico especializado em cada fase do processo, desde a elaboração conceitual do projeto, escolha das melhores espécies vegetais, preparo da terra, manuseio correto das mudas, localização criteriosa e informações sobre os cuidados na manutenção.
A maioria das casas tem pelo menos um vaso de planta, mas podemos ir além. Os jardins tem o poder de mudar a atmosfera local, tornando os ambientes agradáveis e acolhedores. Basta soltar a imaginação e planejar as mudanças, com acompanhamento de um bom profissional.